Comédia

A competição de crochê se aproximava, e a tensão aumentava. Dona Gertrudes estava criando um delicado caminho de mesa com flores de crochê, enquanto Lia lutava para fazer um simples gorro que não se parecesse com um capacete de mergulho. E agora eu não vou conseguir, Dona Gertrudes! Eu sou um fracasso no crochê! Vou me inscrever em uma competição de comer bolo, isso sim," Lia lamentava, jogando a agulha de crochê no chão. Não desista, Lia! O importante é se divertir! E, além

Capítulo 17 A Saga dos Chinelos de Coelho e a Competição de Crochê Dona Gertrudes, com um brilho nos olhos, aceitou o convite para o chá. "Adoro biscoitos! E esses pratos são lindos, me trazem tantas lembranças..." Ela suspirou, acariciando a porcelana com os dedos enrugados. "Minha avó sempre dizia que a louça bonita atrai boas conversas." Clara, aliviada por ter recuperado seu gato e por ter feito uma nova amiga, correu para a cozinha. "Vou preparar um chá de camomila, é

Capítulo 15 O Napoleão, gato fujão   Lia desligou o telefone com um sorriso torto. “Napoleão, o gato fujão, e eu aqui, travando uma guerra fria com a barata... A vida é uma comédia, só falta a trilha sonora,” murmurou, enquanto calçava seus chinelos de coelhinho, um presente da própria Clara.  Antes de partir para a aventura felina, Lia sentiu a necessidade de ter uma conversa franca com sua inquilina indesejada. Afinal, não era todo dia que se deixava uma barata responsável

Capítulo 14 Napoleão pode esperar O oitavo dia amanheceu com Lia debatendo existencialmente com uma barata teimosa que se recusava a sair do canto da cozinha. "Sai, criatura! Seu tempo aqui expirou! Já estou até imaginando você fazendo um tour gastronômico nos meus seis pratos!" gritou Lia, armada com uma vassoura velha, mais ameaçadora pela sua idade do que pela sua eficiência. A barata, como se entendesse perfeitamente, apenas ergueu suas antenas em desafio. Lia su

Capítulo 13 A vizinha é seu bolo de milho   O sétimo dia amanheceu com Lia cantarolando desafinado enquanto lutava para encaixar uma panela grande demais no fogão minúsculo.  A panela, herdada da avó, era um monumento à culinária nordestina, capaz de alimentar um regimento, mas no apartamento de Lia, parecia um monstro prestes a explodir.   – Ai, meu Deus! – exclamou Lia, quase derrubando a panela. – Essa coisa é maior que meu fogão!  Será que eu consigo fazer um ovo frito aq

Capítulo 12 Começou com um estrondo, Nuvem de poeira e lascas de madeira No apertamento de Lia começou com um estrondo. Não, não era o despertador-grilo, nem a panela caindo. Era a cama. A cama resolveu, no auge de seus anos de serviço, ceder. – Ah, não! – Lia gritou, no meio de uma nuvem de poeira e lascas de madeira. – Logo hoje, no meu dia de folga! Clara, que por um milagre estava passando na rua, ouviu o estrondo e correu para ajudar. – Lia! O que aconteceu? Par

Capítulo 7 Mas uma invasão, o que será?   A noite caiu, e com ela, a fome.  Lia decidiu preparar um jantar simples: macarrão instantâneo.  Fácil, rápido e… potencialmente desastroso.   Enquanto esperava a água ferver, Lia resolveu organizar suas poucas roupas.  Ela abriu seu armário improvisado, uma pilha de caixas de papelão, e começou a dobrar suas peças de roupa.  De repente, algo se mexeu dentro de uma das caixas.   — Não acredito! — Lia gritou, pulando para trás. —  Mais

Capítulo 6 Esquilos gosta de café? O segundo dia amanheceu com uma trégua. O teto estava seco, o gás estava funcionando, e a água quente também. Lia acordou com um sorriso, sentindo-se otimista. “Hoje será um dia tranquilo”, pensou ela. Engano seu. Sua primeira missão do dia era lavar a louça. A panela usada para coletar a água da “cachoeira” do dia anterior ainda estava cheia de água suja e alguns detritos misteriosos. — Vamos lá, guerreiros da louça! — Lia anuncio

Capítulo 5 Meu teto está chorando A tarde chegou, trazendo consigo a promessa de um pôr do sol lindo, visível pela janela do minúsculo apartamento de Lia. Mas a beleza do cenário foi rapidamente ofuscada por um novo problema: um vazamento no teto. Uma fina gotícula de água começou a cair, logo seguida por outra, e outra, até que um verdadeiro fio d'água começou a escorrer, formando uma pequena cachoeira que ameaçava inundar o seu já apertado espaço. — Não acredito! — L

Capítulo 4 Sem água quente A manhã seguinte começou com um novo desafio: a falta de água quente. Lia ligou a torneira, esperando o jato revigorante que prometia um bom começo de dia, mas só saiu um fiozinho de água gelada. — Opa! — Lia exclamou, sentindo o choque térmico. — Parece que a água quente decidiu tirar férias sem aviso prévio! Ela improvisou um banho frio, que mais parecia uma imersão polar, saindo do banheiro com os dentes batendo e a pele arrepiada. Para

Capítulo 3 A barata ninja   O sol raiou forte, batendo diretamente na janela do minúsculo apartamento de Lia.  Ela acordou com um estrondo – o barulho de uma panela caindo no chão da cozinha, resultado de uma barata gigante que havia decidido fazer um tour matinal pelos seus poucos utensílios.   — AAAAH! — Lia gritou, pulando da cama e quase derrubando a pilha precária de roupas que servia como criado-mudo.  A barata, impávida, continuou sua jornada rumo à liberdade.   — Bom

Capítulo 2   O Pequeno Apartamento de Lia: Um Espaço de Sonhos e Desafios Lia, aos 17 anos, encarava a pilha de suas posses com uma mistura de apreensão e determinação.  Sua vida inteira cabia ali: uma cama de solteiro desgastada, mas confortável, um fogão de dois queimadores enferrujado, porém funcional, seis pratos descascados, duas panelas rachadas em alguns lugares, seis garfos, seis colheres, três facas pequenas e uma faca de açougueiro herdada da avó, três copos, e um m

Capítulo 1 Mudança, vou mora sozinha Lia, com seus 17 anos recém-completados, sentia o estômago embrulhar-se em um turbilhão de ansiedade e excitação. A mudança para o seu próprio apartamento era iminente, um rito de passagem que a catapultaria da segurança do lar para o desconhecido da vida adulta. Naquela manhã, o sol espreitava tímidamente pelas cortinas de seu quarto, pintando listras douradas sobre a colcha florida. Lia levantou-se, sentindo o frio do chão acariciar seu

Capítulo 6 O dia em que o intervalo virou UFC O segundo dia de aula começou promissor, mas logo descambou para um caos. As amigas estavam juntas no intervalo, aproveitando o momento de descanso, quando Clarice, Flávia e Valéria se aproximaram, seus rostos carregados de malícia. Clarice, com um sorriso cruel, empurrou Beatriz com força, fazendo-a cair no chão. O iogurte que Beatriz segurava se espalhou por suas roupas, provocando risos cruéis dos colegas ao redor. Beatriz,

Capítulo 6   Sob o Olhar de Gui: A Surpresa de uma visita inesperada No intervalo do colégio, Pedro se aproximou de Laura e Gui, que estavam sentados juntos em um banco. Gui, ainda um pouco desconfiado de Pedro, observava cada movimento dele com atenção discreta. "Laura, tudo bem?", Pedro perguntou, sorrindo. "Sobre o trabalho de literatura… eu estava pensando que poderíamos terminar hoje à tarde. Acho que seria mais fácil se a gente estivesse em um lugar mais tranquilo."

Capítulo 5 Um Dia na Escola: Histórias para Compartilhar Beatriz: Ao chegar em casa, Beatriz foi direto para seu quarto, sentindo o peso do dia na mochila. Jogou a mochila na cama e suspirou, sentindo uma onda de cansaço a invadir. Sua mãe, que estava na sala, a observou com preocupação. "Como foi o primeiro dia, querida?", perguntou sua mãe, aproximando-se de Beatriz com um sorriso gentil. "Foi... bom", respondeu Beatriz, hesitante. "Um pouco estranho, no começo, mas de

Capítulo 4 O Primeiro dia de aula O primeiro dia de aula finalmente chegou. As quatro amigas, reunidas no portão da escola, exibiam uma mistura de ansiedade e entusiasmo. Laura, como sempre, irradiava energia positiva, enquanto Sofia mantinha sua postura confiante. Beatriz demonstrava uma leve tensão, mas o apoio das amigas a tranquilizava. Alice, com seu olhar perspicaz, observava tudo ao redor, pronta para qualquer eventualidade. "Pronta para encarar o primeiro dia?",

Capítulo 2 Festa do pijama A noite finalmente chegou, e a casa de Laura estava tomada por um turbilhão de risos, sussurros e a animação contagiante das quatro amigas. A noite prometia ser mágica, e não decepcionou. A casa de Laura, normalmente aconchegante, transformou-se em um cenário vibrante e divertido para a festa do pijama.  Luzes pisca-pisca criavam um ambiente mágico, e balões coloridos flutuavam pelo ar, criando uma atmosfera festiva e irresistível.   A sala de estar