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Ronan e os segredos escondidos através das pedras

  • Foto do escritor: Magvania P. Nunes
    Magvania P. Nunes
  • 23 de jun.
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de ago.


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A lâmina de Nali



Ronan e Elara partiram ao anoitecer, a sombra do Monte Sagrado alongando-se como um monstro adormecido. A subida foi árdua, a trilha íngreme e traiçoeira, mas a determinação de Ronan, alimentada pela urgência da missão e pela misteriosa confiança em Elara, o impulsionava a cada passo.  Elara, com conhecimento surpreendente da região, guiou-os com firmeza, desviando-os de perigos ocultos e indicando atalhos que pareciam desafiar a lógica.

 

Ronan e Elara finalmente chegaram ao topo do Monte Sagrado. O ar rarefeito queimava seus pulmões, mas a vista era de tirar o fôlego. Abaixo, o mundo se estendia como um tapete de sombras e luzes, a lua quase cheia banhando tudo em uma luz prateada etérea.  O altar da Deusa Lua, porém, era o centro de sua atenção.  Era uma estrutura imponente, feita de pedras escuras e lisas, cobertas por um véu de musgo antigo.  Esculturas estranhas e enigmáticas adornavam suas faces, figuras retorcidas que pareciam sussurrar segredos ao vento.

 

Ronan se aproximou cautelosamente.  Ao tocar uma das pedras lisas, um sussurro ecoou em sua mente, uma voz antiga e profunda que só ele conseguia ouvir.

 

Pedra: A Lâmina espera, escolhido.  Mas a escolha traz um preço.

 

 Enquanto Ronan se aproximava do altar, as pedras sussurrava em sua mente:

 

 Pedra: A Lâmina brilha, mas a escuridão a observa.  Sua jornada não termina aqui, escolhido.  (Este sussurro serviu como um aviso sobre os perigos que o aguardavam na Cidade Submersa, e não como um impedimento para pegar a lâmina.)

 

Pedra: O poder da Nali corta a escuridão, mas não cura a alma.  Use-a com sabedoria, pois o seu caminho será testado. (Este sussurro era um conselho sobre o uso responsável da lâmina, e não uma barreira física.)

 

Pedra: A confiança é uma espada de dois gumes, tão afiada quanto a Lâmina da Nali.  Escolha seus aliados com cuidado. (Este sussurro era um conselho sobre a confiança em Elara e a importância de discernimento, não um obstáculo para obter a lâmina.)

 

Ronan franziu a testa, procurando por Elara, que observava o altar com uma expressão de admiração, mas sem demonstrar ter escutado nada.

 

Ronan diz para si mesmo. “Um preço”?

 

Pedra: A jornada não termina aqui.  A sombra da Lua Negra se estende, e o caminho para a Cidade Submersa é repleto de perigos.

 

Ele tocou outra pedra, mais próxima do centro do altar.

 

Pedra: A Lâmina da Nali concede poder, mas também atrai a atenção daqueles que se alimentam da escuridão.  Use-a com sabedoria.

 

Ronan sentiu uma pontada de medo, mas também uma crescente sensação de poder.  Ele estava prestes a pegar a Lâmina de Nali, uma lâmina que cintilava com uma luz quase sobrenatural, quando uma terceira pedra sussurrou:

 

Pedra:  Confie em sua intuição, mas não se esqueça daqueles que o guiam.  A confiança, como a montanha, pode ser firme ou traiçoeira.

 

Ronan respirou fundo, os sussurros das pedras ecoando em sua mente.  Ele olhou para Elara, que ainda o observava com uma expressão de expectativa.  Ele não podia compartilhar os avisos das pedras, mas sabia que precisava confiar em sua intuição e na ajuda de Elara. 

 

Com um movimento decidido, Ronan pegou a Lâmina de nali.  A lâmina era fria ao toque, mas irradiava uma energia quente e vibrante que percorreu seu corpo, enchendo-o com uma força que ele nunca havia sentido antes.  A sensação era inebriante, poderosa.  Ele sabia que sua jornada estava apenas começando.

 

Ronan precisará da Lâmina de Nali na Cidade Submersa, para enfrentar o guardião do Coração de Lys.  A criatura, um monstro marinho de poder incomensurável, protege a joia com fúria e magia.  A lâmina, imbuída de energia solar e lunar, é a única arma capaz de romper as defesas do guardião e permitir que Ronan alcance o Coração de Lys.  A energia da lâmina  é a chave para vencer a escuridão que protege a joia.

 

A obtenção da Lâmina da Nali não foi difícil porque o altar da Deusa Lua, apesar de sua aura misteriosa e antiga, não continha armadilhas ou guardiões físicos.  A dificuldade residia na interpretação dos sussurros das pedras, que Ronan percebeu como avisos e conselhos, e não como obstáculos.

 

Ronan fala para Elara. “ Estamos prontos. Vamos descer.”

 

Elara, sem saber dos sussurros das pedras, assentiu, pronta para o próximo desafio que os aguardava.

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