Ronan e os segredos escondidos através das pedras
- Magvania P. Nunes
- 21 de jul.
- 4 min de leitura
Atualizado: 29 de out.
Capítulo 6

"Além das Profundezas: A Jornada para a Cidade Perdida"
Encontrar a Cidade Submersa exigiu mais do que apenas coragem; exigiu conhecimento e preparação. Ronan, com sua habilidade de "ouvir" as pedras, interpretou os sussurros da terra, decifrando pistas deixadas por ancestrais, que os guiaram até a entrada das cavernas subterrâneas, o primeiro passo em sua jornada. Elara, por sua vez, utilizou seus conhecimentos de cartografia antiga e sua intuição aguçada para interpretar os mapas e símbolos enigmáticos, confirmando o caminho.
"O sussurro está mais forte aqui, Elara," Ronan disse, parando em frente a uma fenda quase invisível na rocha. "Esta é a entrada."
"Os mapas antigos concordam," Elara respondeu, apontando para um detalhe quase apagado em um pergaminho antigo. "É aqui que a jornada começa."
Para sobreviver às profundezas do mar, eles não dependiam apenas de suas habilidades físicas. Ronan havia estudado extensivamente os métodos ancestrais de mergulho profundo, e preparou uma poção especial, derivada de algas marinhas e plantas raras, que aumentava temporariamente a capacidade pulmonar e permitia uma maior resistência debaixo d'água.
"Tome," Ronan ofereceu a Elara um pequeno frasco contendo o líquido esverdeado. "Isso vai ajudar-nos a suportar as profundezas."
"Obrigada, Ronan," Elara disse, bebendo o líquido. Um leve formigamento percorreu seu corpo, sinal de que a poção estava agindo.
Mas a comunicação nas profundezas era um desafio ainda maior. Antes de prosseguir, eles precisavam se preparar adequadamente para o mergulho.
"Elara, precisamos trocar de roupa antes de entrar na água," disse Ronan, apontando para as roupas que usavam. "Precisamos de trajes adequados para o mergulho profundo."
Elara concordou. "Você trouxe os trajes especiais?"
"Sim," respondeu Ronan, retirando dois macacões de neoprene de uma mochila. "Estes são feitos de um material especial, que nos protegerá do frio e da pressão das águas profundas. Eles também possuem compartimentos para os recipientes de cogumelos bioluminescentes."
Enquanto trocavam de roupa em uma pequena caverna lateral, protegida da correnteza e da entrada da água, um diálogo se estabeleceu:
"Estes trajes são incríveis," comentou Elara, vestindo o macacão. "São tão confortáveis e resistentes."
"Os ancestrais eram muito sábios," respondeu Ronan, vestindo o seu próprio traje. "Eles sabiam como se proteger dos perigos das profundezas."
"Espero que estejam certos sobre a segurança destes trajes," disse Elara, um pouco apreensiva.
"Tenha fé, Elara," disse Ronan, com um sorriso encorajador. "Nós estamos preparados. Vamos fazer isso."
"Pronta?" Ronan perguntou, ajustando o seu próprio traje.
"Sim," Elara respondeu.
Elara, observando Ronan, questionou: "Ronan, como vamos nos comunicar lá embaixo? A água abafaria qualquer grito."
Ronan sorriu, mostrando um pequeno frasco contendo um líquido iridescente. "Encontrei algo na costa, Elara. Uma espécie de coral bioluminescente, com propriedades surpreendentes. Ele amplifica as vibrações sonoras na água, permitindo uma comunicação quase perfeita."
Elara examinou o líquido com cautela. "Como isso funciona?"
"O coral libera pequenas partículas que, ao entrarem em contato com nossas cordas vocais, amplificam as ondas sonoras, transmitindo-as com clareza através da água," explicou Ronan. "Cada um de nós tomará uma pequena dose antes do mergulho. O efeito vai dura, o tempo suficiente para nossa missão."
Ronan havia estudando as propriedades do coral e desenvolvendo um método seguro para extrair e utilizar suas partículas amplificadoras de som. Ele havia aprendido a controlar a concentração das partículas para evitar efeitos colaterais, como tonturas ou zumbido nos ouvidos, e a garantir que o efeito durasse o tempo necessário para a missão. A descoberta foi crucial para o sucesso da expedição, pois permitiu uma comunicação clara e eficiente, eliminando um dos maiores desafios da exploração em águas profundas. A própria existência do coral era um mistério, uma maravilha da natureza ainda pouco compreendida...
(Antes da missão Ronan e Elara testaram o efeito do coral – durante um mergulho )
Elara: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Ronan, estou vendo formações rochosas incríveis! Parece um labirinto subaquático.
Ronan: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Recebido, Elara. Mantenha-se próxima. A correnteza está forte nesta região.
Elara: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Ronan, observei algo se movendo naquela fenda... algo grande.
Ronan: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Estou vendo. Parece uma enguia gigante. Mantenha distância.
Elara: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Impressionante! A beleza e o perigo andam juntos aqui embaixo.
Ronan: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) De fato. Precisamos ser cautelosos. Vamos seguir o plano.
Elara: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Tudo normal aqui. Estou pronta para prosseguir.
Ronan: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Excelente. Vamos explorar a caverna.
Elara: (Voz clara e nítida, amplificada pelo coral) Entendido, Ronan.
Em fim a missão irá começar mas antes como mencionado anteriormente, em uma caverna próxima à entrada da cidade subaquática, eles encontraram um tipo de cogumelo bioluminescente, crescendo nas paredes úmidas. Colocando-os em recipientes de cristal selados, criaram uma fonte de luz suave e duradoura, suficiente para navegar pelas águas escuras.
"Ronan, o que são esses cogumelos?" Elara perguntou, apontando para os fungos que brilhavam com uma luz suave.
"Bioluminescentes," Ronan respondeu, examinando-os cuidadosamente. "Uma fonte de luz natural, perfeita para nossa jornada. Devem ser seguros, não atrairão predadores."
Com cuidado, eles colheram alguns dos cogumelos e os colocaram em recipientes de cristal selados, criando uma fonte de luz suave e duradoura. A luz fraca, mas constante, dos cogumelos iluminava seu caminho.
"Pronta?" Ronan perguntou, segurando um dos recipientes de cristal. A luz suave emanava do cogumelo, lançando sombras dançantes nas paredes submersas.
"Sim," Elara respondeu, sua mão firmemente apoiada na adaga de cristal, que ela estava carregando para o caso de ter algum perigo a ser encontrado pelo caminho. "Vamos explorar essa cidade perdida."
Eles nadaram através de corredores submersos, a luz dos cogumelos revelando detalhes da cidade. "Olha, Ronan! Uma inscrição!" Elara exclamou, apontando para uma parede coberta de algas.
Ronan se aproximou, decifrando a inscrição antiga. "Parece ser uma advertência... sobre
os perigos que aguardam aqueles que ousam entrar aqui."





Comentários