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Ronan e os segredos escondidos através das pedras

  • Foto do escritor: Magvania P. Nunes
    Magvania P. Nunes
  • 14 de jul.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 29 de out.



Capítulo 5


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Além da Cascata: A Jornada para a Cidade Submersa



A canção de Elara continuou, a água dançando ao seu redor, criando um cenário mágico e inesquecível.  Ronan estava completamente perdido na beleza da melodia, na magia da cascata, e na conexão profunda que estava se formando entre ele e Elara.

 

 

 

Sua voz era tão poderosa que parecia ecoar por toda a região.  A água da cascata começou a brilhar intensamente, criando um espetáculo de luz e movimento.  A fenda atrás da cascata se abriu, lentamente revelando um túnel escuro e úmido.  A água parecia dançar em sincronia com sua melodia, criando um espetáculo mágico e misterioso.

O canto de Elara cessou tão subitamente quanto começara.  A água, que dançava em sincronia com sua voz, voltou à sua calma natural, o brilho intenso se dissipando como um sonho.  Um silêncio profundo, quase opressor, pairou no ar, quebrando o encanto hipnótico da melodia.

 

Ronan, ainda embevecido pela beleza da canção, demorou alguns segundos para perceber o silêncio.  Seus olhos, antes fixos na figura etérea de Elara, agora se voltaram para ela, buscando entender a mudança repentina.  Ele a viu, não mais a sereia radiante e poderosa, mas Elara, a mulher de cabelos úmidos e rosto levemente ofegante, com um brilho de exaustão nos olhos azuis.

 

Ronan: Elara? Você está bem?  Seu canto... era incrível, mas... você parece exausta.

 

Elara, apoiando-se em uma rocha úmida, tocou o pescoço, como se sentisse uma pontada de dor.

 

Elara: Sim, estou bem.  Cantar aquela canção... exige muito de mim. É um poder antigo, Ronan, e não posso usá-lo por muito tempo.  Acho que gastei toda a minha energia.

 

Ela sorriu fracamente, mas a preocupação em seu olhar era evidente. Ronan se aproximou, preocupado.

 

Ronan: Eu não sabia.  Deveria ter percebido.  Você parecia... diferente.  Como uma deusa.

 

Elara:  (rindo levemente)  Talvez eu seja um pouco deusa, um pouco mortal.  Mas agora sou apenas Elara, cansada e com sede.

 

Ronan ofereceu-lhe sua cantimplora.  Ela bebeu alguns goles, os olhos se fechando em um suspiro de satisfação.

 

Elara: Obrigada.  Agora, vamos continuar.  A cidade submersa nos espera.  E eu preciso descansar.

 

Ronan, percebendo a exaustão de Elara, segurou sua mão, transmitindo-lhe apoio e compreensão.  A aventura continuaria, mas agora com uma nova consciência da fragilidade daquela que, momentos antes, parecia uma força inabalável da natureza. A jornada para a cidade submersa, agora, seria guiada não apenas pelo mapa e pelos sussurros das pedras, mas também pela preocupação e pela admiração que Ronan sentia por Elara, a sereia que havia encontrado sua humanidade.

 

Um último sussurro para Ronan:

 

 

 

Pedra: A canção da sereia abriu o caminho.  Agora, avancem com cautela, pois os segredos da cidade aguardam.

 

A fenda da cascata, continuava aberta...

 

Ronan, estudando o mapa, percebeu um símbolo peculiar próximo à representação da cascata – uma pequena concha com uma estrela em seu interior.

 

 

 

Ao tocar uma pedra lisa e úmida próxima à base da cascata, Ronan ouviu o sussurro familiar das pedras:

 

 

 

Pedra: A concha da sereia guarda o segredo da cidade submersa.  Busque a ressonância da estrela, e a entrada se revelará.

 

 

 

Ronan, guiado pelo sussurro, examinou cuidadosamente a parede rochosa atrás da cascata.  A névoa e a força da água tornavam a tarefa difícil, mas ele finalmente avistou uma pequena concha incrustada na rocha, quase imperceptível.  Dentro da concha, um minúsculo cristal cintilava como uma estrela.  Ao tocar o cristal, uma fenda quase invisível na rocha se abriu, revelando uma passagem estreita e escura que levava para o interior da montanha.

 

 

 

Elara, que não ouviu os sussurros da pedra, observou Ronan com admiração.  Sua perícia em decifrar os enigmas era impressionante.

 

 

 

Elara:  Você encontrou!  É incrível como você consegue...  sentir essas coisas.

 

 

 

Ronan:  É um instinto, acho.  Mas o mapa também ajudou muito.

 

 

 

Eles entraram na fenda, que em seguida, fechou-se lentamente, como uma pálpebra cansada, a água gelada os envolvendo imediatamente.  A descida era perigosa.  A passagem era estreita e sinuosa, com paredes úmidas e escorregadias.  O mapa indicava alguns perigos, mas não detalhava exatamente quais criaturas marinhas eles encontrariam.  Ronan sentiu uma nova mensagem das pedras:

 

 

 

Pedra: As águas escondem segredos e perigos.  A prudência é sua melhor aliada, e a confiança, sua luz.

Ronan e Elara enfrentaram diversas criaturas marinhas, incluindo peixes de aparência estranha e serpentes aquáticas que deslizavam pelas paredes.  Elara, com sua agilidade e conhecimento das correntes subterrâneas, guiou Ronan com destreza, desviando-os dos perigos e ajudando-os a navegar pelas águas escuras e geladas.  A descida exigiu coragem, habilidade e confiança mútua.  Finalmente, depois de um tempo que pareceu uma eternidade, eles chegaram ao final da passagem, emergindo em uma vasta caverna submersa.  A Cidade Submersa se estendia diante deles, um cenário mágico e misterioso, palco de sua próxima aventura.

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