O mundo de Laura: Descobertas da adolescência e o primeiro amor
- Magvania P. Nunes
- 6 de ago.
- 2 min de leitura

A Tarde na Biblioteca
Laura olhou para Pedro, um turbilhão de emoções passando por sua mente. A beleza do lugar, a gentileza de Pedro, tudo era encantador, mas algo a incomodava profundamente. Ela sentia que algo não estava certo, que estava se movendo muito rápido.
"Pedro...", ela começou, hesitando. "Eu... eu agradeço muito o convite para jantar, mas acho melhor não. Ainda não estou pronta para isso."
Nesse instante, o celular de Laura tocou. Era Gui. Ela olhou para o aparelho, sentindo-se dividida.
"É seu namorado?", perguntou Pedro, um pouco decepcionado, mas tentando manter a calma. "Você pode atender. Eu espero aqui para começarmos o trabalho de literatura."
Laura desligou a chamada rapidamente, sentindo-se culpada por não ter dado a Gui a atenção que ele merecia. Ela se sentou em uma poltrona perto de Pedro, que parecia perdido em seus pensamentos, incapaz de desviar o olhar dela.
Laura parou de ler, encontrando os olhos de Pedro. Ele se inclinou, aproximando-se dela lentamente. Seus lábios estavam a centímetros dos dela, quando a porta da biblioteca se abriu. A mãe de Pedro entrou, seguida por sua irmã mais nova, uma menina de uns sete anos.
"Pedro, querido! Onde você estava?", disse a mãe, com um tom gentil, mas firme. A irmã de Pedro correu para abraçá-lo.
"Mamãe, essa é a Laura, minha colega de escola. Estamos terminando o trabalho de literatura", explicou Pedro, um pouco sem jeito.
"Ah, que bom! É um prazer te conhecer, Laura", disse a mãe de Pedro, sorrindo. "Mas Pedro, meu amor, nós precisamos ir. Seu pai está esperando. Tem um evento importante esta noite, e precisamos da família toda lá."
"Mamãe, eu não posso ir agora! Ainda não terminamos o trabalho!", protestou Pedro.
"Deixe para amanhã. Laura entenderá", disse a mãe, com um tom autoritário.
"Não, tudo bem, senhora. Eu entendo perfeitamente. Não tem problema nenhum terminarmos outro dia", disse Laura, compreensiva.
"Que pena, Laura. Mas não tem como Pedro faltar ao evento. Seu pai precisa de toda a família lá", explicou a mãe, se despedindo com um sorriso.
A irmã de Pedro se despediu com um abraço apertado. Pedro pediu desculpas a Laura, pedindo ao motorista que a levasse para casa.
No caminho de volta, Laura pensou em tudo o que havia acontecido. Ela sentia que havia algo especial entre ela e Pedro, mas também sabia que precisava de tempo e espaço para processar seus sentimentos.
Ao chegar em casa, Gui estava esperando por ela. Ele pulou na cama, abraçando-a com entusiasmo.
"Laura! Como foi na casa de Pedro?", ele perguntou, curioso.
Laura sorriu, sentindo o conforto do abraço de Gui. Ela contou tudo o que havia acontecido, mas omitiu as investidas de Pedro, as quase-beijos e a forte atração que ambos sentiam. Ela não queria preocupar Gui, nem queria admitir para si mesma a intensidade dos seus sentimentos por Pedro. O abraço de Gui a reconfortou, e ela se sentiu segura em seus braços, sabendo que tinha um amigo verdadeiro e leal ao seu lado.
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