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"O Enigma de Lazuli e o Destino de Kael".

  • Foto do escritor: Magvania P. Nunes
    Magvania P. Nunes
  • 1 de jul.
  • 9 min de leitura

Atualizado: 29 de out.


Capítulo 3



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A CAPELA ABANDONADA

O ar ficou pesado assim que Kael entrou no Labirinto de Pedras. Enormes blocos de pedra, esculpidos pela erosão e pelo tempo, se erguiam ao seu redor, criando um emaranhado de corredores estreitos e tortuosos. O medalhão de prata, pendurado em seu pescoço, brilhou fracamente, pulsando com uma luz azul-esverdeada que iluminava o caminho à sua frente, mas também revelava a presença de sombras densas que se aninhavam nos cantos escuros.

“Eles estão aqui,” sussurrou Kael, sua voz ecoando entre as pedras. Ele sentia a presença das criaturas das sombras, seres escuros e amorfos que se moviam com uma agilidade sobrenatural.

O medalhão brilhou mais intensamente, indicando perigo à frente. Kael invocou suas sombras, entidades escuras e obedientes que ele podia controlar através do medalhão. Elas se materializaram, cintilando como névoas negras, prontas para defendê-lo.

“Protejam-me,” ordenou Kael, sua voz firme apesar do medo.

As sombras se espalharam, deslizando pelas paredes de pedra, seus contornos indefinidos se fundindo com as sombras naturais do labirinto. Um sussurro ecoou pelas passagens estreitas.

Você não passará,” sibilou uma voz rouca, quase inaudível. Uma criatura das sombras emergiu da escuridão, seus olhos brilhando com uma luz vermelha sinistra. Era um ser grotesco, com membros alongados e retorcidos, sua forma se contorcendo como se fosse feita de fumaça.

“Eu preciso passar,” respondeu Kael, desenhando sua espada. “E vou passar.”

A luta foi rápida e brutal. Kael utilizou sua espada e a agilidade de suas sombras para desviar dos ataques da criatura, enquanto suas sombras a agarravam, a prendendo com seus tentáculos negros. A criatura soltou um grito agudo enquanto era subjugada pelas sombras de Kael.

“Mais adiante,” sussurrou uma de suas sombras, indicando uma passagem estreita e escura.

Kael seguiu em frente, o medalhão pulsando a cada passo, guiando-o através do labirinto. Ele enfrentou outras criaturas das sombras, cada uma mais terrível que a anterior: uma massa de sombras que se movia como uma onda, um ser alado que se lançava do alto das pedras, e uma criatura parecida com um lobo, que uivava com uma fúria aterradora. A cada encontro, suas sombras o defendiam, lutando ao seu lado. Ele ouvia seus sussurros, suas advertências, seus relatos sobre as armadilhas e os perigos que se aproximavam. Era uma comunicação silenciosa, mas eficaz, uma dança mortal entre luz e sombra.

Em um momento de extrema tensão, o medalhão brilhou com uma intensidade cegante, alertando para uma armadilha mortal. Uma passagem que parecia segura, na verdade, era uma armadilha de pedras que se desprendiam do teto. Kael, guiado pelo brilho intenso do medalhão, desviou-se no último instante, escapando por pouco da morte.

Quase nos pegou,” sussurrou uma de suas sombras.

Finalmente, após horas de luta e navegação, Kael avistou uma saída, uma fenda de luz que rasgava a escuridão do labirinto. Ele emergiu, exausto, mas vitorioso, o medalhão pulsando suavemente em seu peito, um testemunho de sua jornada através do labirinto mortal. A experiência o deixou marcado, mas também o fortaleceu, preparando-o para os desafios que ainda o aguardavam.

A água do Rio Negro era escura como breu, refletindo apenas a luz pálida do medalhão de prata que Kael carregava. A correnteza era forte, implacável, puxando a jangada improvisada – feita de troncos de árvores e cipós – com força. O ar estava pesado, carregado com o cheiro de umidade e de algo indefinidamente ameaçador.

Cuidado,” sussurrou uma das sombras de Kael, sua voz como um suspiro do vento. “ algo abaixo.”

O medalhão pulsava, uma luz azul-esverdeada cortando a escuridão da água. Kael apertou o medalhão, sentindo a energia fluir dele para suas sombras. Elas se estenderam, serpenteando na água, como tentáculos negros que sondavam as profundezas.

Há muitos,” relatou outra sombra. “Criaturas grandes, com dentes afiados.”

De repente, a água se agitou. Uma criatura enorme emergiu das profundezas, sua pele escura e escamosa brilhava sob o brilho fraco do medalhão. Seus olhos amarelos brilhavam com uma sede voraz.

“Um predador das profundezas,” sussurrou uma sombra, seus contornos se tornando mais nítidos e ameaçadores. “Cuidado com sua cauda.”

A criatura atacou, sua cauda poderosa golpeando a jangada. Kael se equilibrou, lutando para manter a embarcação estável. Suas sombras se lançaram sobre a criatura, agarrando-a com seus tentáculos negros, tentando distraí-la.

“Agarrem-na!” gritou Kael, sua voz rouca. “Não a deixem se aproximar!”

A luta foi feroz. A criatura lutava com uma força incrível, sua pele resistente aos golpes da espada de Kael. Mas as sombras o ajudavam, prendendo a criatura, impedindo-a de chegar perto demais. Ele podia ouvir seus sussurros, suas advertências, suas estratégias. Era uma comunicação silenciosa, mas eficaz. Uma dança mortal entre a luz do medalhão, as sombras e a fúria da criatura.

Ela está se cansando,” sussurrou uma sombra, observando a criatura se debater com menos força.

Kael aproveitou a oportunidade, desferindo um golpe certeiro com sua espada, atingindo um ponto vulnerável na criatura. Com um rugido final, a criatura afundou nas profundezas, deixando para trás uma água agitada.

“Seguimos adiante,” disse Kael, respirando fundo, sentindo o cansaço e o alívio ao mesmo tempo. O medalhão pulsava suavemente, como se aprovasse sua vitória. A jornada ainda era longa e perigosa, mas ele havia superado mais um obstáculo, com a ajuda de suas sombras e a orientação do medalhão. A natureza era implacável, sim, mas ele era mais forte, mais esperto, mais resiliente. Ele seguiria adiante.


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Mas, ao mesmo tempo em que o Cristal emanava luz, ele atraía as sombras, atraía os Silenciosos. Kael sabia que sua jornada estava longe de terminar. A batalha pelo Cristal de Lazuli estava apenas começando.

Finalmente, após semanas de perigos e desafios, Kael chegou à capela abandonada. No altar em ruínas, o Cristal de Agva brilhava intensamente. Mas, ao redor do Cristal, as sombras se aglomeravam, formando uma massa escura e ameaçadora. Os Silenciosos estavam ali.

As sombras se agitaram, formando uma massa escura e ameaçadora. Os Silenciosos estavam ali, seus olhos brilhando com uma sede insaciável de poder.

“O Cristal é nosso,” rosnou uma voz profunda e ameaçadora. “Lazuli será nossa.”

Finalmente, após semanas de perseguição, enigmas e perigos, Kael chegou ao último local indicado pelas runas: uma antiga capela abandonada nos limites de Lazuli.

“O Cristal está próximo,” sussurrou uma sombra, sua voz cheia de uma energia sombria. “Mas o preço para obtê-lo será alto.”

Lá, no altar em ruínas, ele encontrou o Cristal de Agva. Era uma pedra brilhante, emanando uma luz intensa que parecia desafiar a escuridão que o cercava. Kael encarou o Cristal, sua mão tremendo. Ele sabia que a batalha estava prestes a começar. E ele não estava sozinho. As sombras, suas aliadas e inimigas, estavam ao seu lado, prontas para lutar pela sobrevivência de Lazuli, e pela sua própria. Kael, pegou o Cristal . Era uma pedra radiante, pulsando com uma energia que o deixava tonto.

“O Cristal de Agva...” Kael sussurrou, maravilhado e aterrorizado ao mesmo tempo. “Mas... eu não estou sozinho.”

“Ele está aqui,” sibilou uma sombra, sua voz como o sussurro de um vento glacial. “O Cristal. Mas o preço… o preço é alto.”

Kael apertou o Cristal, sentindo sua energia fluir por seus dedos. "Eu sei," ele respondeu, sua voz firme apesar do medo. "Eu preciso protegê-lo dos Silenciosos."

“Eles estão por perto,” alertou outra sombra, mais profunda, mais sinistra. “Seus sussurros enchem o ar. Eles se alimentam do medo, do desespero. E você… você tem muito a perder.”

De repente, um som sibilante cortou o silêncio. Sombras se materializaram, tomando forma, revelando figuras esqueléticas e grotescas, os Silenciosos. Seus olhos brilhavam com uma luz interna, fria e implacável com uma sede insaciável de poder.

As sombras se agitaram, formando uma massa escura e ameaçadora. Os Silenciosos estavam ali.

"O Cristal é nosso," rosnou um dos Silenciosos, sua voz um eco cavernoso. "Ele pertence às sombras." . “ Lazuli será nossa.”

"Não enquanto eu estiver vivo," respondeu Kael, segurando uma adaga que ele havia encontrado em uma das passagens secretas.

"O Cristal é nosso, menino," sibilou um Silencioso, sua voz um raspar de ossos. "Entregue-o, e sua vida será poupada."

"Nunca," respondeu Kael, sua voz firme apesar do medo que o corroía. "Eu protegerei Lazuli, mesmo que tenha que enfrentar as trevas."

“Ele é teimoso,” comentou uma sombra, sua voz um sussurro gélido. “Mas sua coragem é admirável.”

“Admirável, mas inútil,” retrucou outra sombra, mais sombria. “Ele não pode vencer sozinho.”

O medalhão de prata em seu peito pulsava, irradiando uma luz fraca que contrastava com a escuridão dos Silenciosos.

“Use o medalhão, Kael,” uma sombra sussurrou. “Ele amplificará sua capacidade de controlar as sombras. Mas lembre-se, o poder tem um preço.”

Kael se concentrou, sentindo a energia do medalhão fluir por seu corpo. Era uma força estranha, uma ligação com as sombras, um poder que ele ainda não dominava completamente.

“Eu não estou sozinho,” disse Kael aos Silenciosos, seus olhos brilhando com uma determinação recém-descoberta. “As sombras estão comigo.”

As sombras ao seu redor se agitaram, respondendo ao seu chamado. Ele as manipulou, criando escudos de escuridão, outras se transformaram em lâminas de escuridão, prontas para atacar desviando os ataques dos Silenciosos.

“Então, vamos lutar,” rosnou um Silencioso, lançando-se sobre Kael.

"Vocês não conseguirão alcançá-lo," Kael gritou, sua voz ecoando pela capela. Ele lutava não apenas com os Silenciosos, mas também com as suas próprias sombras, com seus próprios medos.

A batalha foi frenética, uma dança mortal entre luz e sombra. Kael esquivava-se dos ataques dos Silenciosos, usando as sombras para se defender e contra-atacar.

“Cuidado, Kael!” gritou uma sombra, alertando-o para um ataque surpresa. Kael se jogou para o lado, evitando um golpe mortal.

Ele sentia a energia do Cristal pulsando em suas mãos, fortalecendo-o, mas também o drenando.

“Ele está perdendo força,” sussurrou outra sombra, sua voz cheia de preocupação. “O Cristal está o drenando.”

Kael sentia a exaustão o dominando, mas ele se recusava a ceder. Ele tinha que proteger o Cristal, tinha que proteger Lazuli. Ele se lembrou das palavras do velho: o poder do Cristal poderia destruir ou salvar a cidade. Ele tinha que escolher o caminho certo.

“Ele é forte, Kael,” sussurrou uma sombra, observando a luta. “Mas os Silenciosos são numerosos. Você precisa de um plano.”

Com um último esforço, Kael concentrou, buscando uma estratégia. Ele percebeu que os Silenciosos eram vulneráveis à luz, à energia positiva. O Cristal emanava uma luz intensa, mas era uma luz que atraía as sombras. Ele precisava encontrar um equilíbrio, uma forma de usar a luz para combater as sombras. Kael, entre dois golpes. Teve uma ideia em concentra a luz do Cristal! E a do medalhão usar como uma arma!. Ele concentrou sua energia no Cristal, amplificando sua luz com a do medalhão, criando um brilho ofuscante que cegou os Silenciosos. Kael aproveitou a oportunidade, atacando com suas sombras. As sombras ao seu redor se uniram, formando um único e poderoso ser de escuridão. Com um rugido, ele lançou-se sobre os Silenciosos, derrotando-os um a um.

Quando a poeira baixou, a capela estava em ruínas, mas Kael estava de pé, o Cristal de Agva em suas mãos. As sombras o cercavam, mas agora, elas pareciam mais calmas, mais serenas.

“Muito bem, Kael,” sussurrou uma sombra, sua voz cheia de orgulho. “Você dominou as sombras, e as sombras te serviram.”

“Você venceu, Kael,” sussurrou uma sombra, sua voz cheia de respeito. “Você controlou as sombras, e as sombras te controlaram. Você é o Guardião agora.”

Kael sabia que sua jornada estava longe de terminar. A energia do Cristal se acalmou, sua luz suave e serena. Kael estava exausto, mas vitorioso. A batalha pelo Cristal de Agva havia começado, mas a luta pela sobrevivência de Lazuli ainda continuava. As sombras ainda existiam, e os segredos de Lazuli ainda precisavam ser desvendados. Sua jornada estava longe de terminar. E ele, o jovem que via as sombras, agora era o seu protetor.

Kael, o Cristal de Agva seguro em suas mãos, sentia a energia pulsando, uma força bruta e incontrolável. As sombras ao seu redor se agitaram, algumas dançando em júbilo, outras sussurrando advertências.

“O poder é seu, Kael,” uma sombra sussurrou, sua voz melodiosa e sedutora. “O destino de Lazuli está em suas mãos.”

“Cuidado,” alertou outra sombra, sua voz áspera e ameaçadora. “O Cristal é uma lâmina de dois gumes. Ele pode te corromper, te destruir.”

Kael sentia a verdade em ambas as afirmações. O Cristal era uma fonte de poder imenso, mas também uma tentação perigosa. Ele podia sentir a escuridão o chamando, sussurrando promessas de poder ilimitado.

“Eu não vou me deixar corromper,” ele murmurou, apertando o Cristal com força. “Eu vou usar esse poder para proteger Lazuli.”

“Sua determinação é admirável, Kael,” disse uma sombra, sua voz cheia de admiração. “Mas os Silenciosos não desistirão tão facilmente. Eles retornarão, mais fortes, mais determinados.”

Kael sabia que a luta estava longe de terminar. Ele havia derrotado os Silenciosos na capela, mas eles eram seres das sombras, capazes de se regenerar, de se infiltrar em qualquer lugar. Ele precisava de um plano, uma estratégia para enfrentá-los de forma definitiva.

Ele procurou Sanem, a jovem que havia encontrado , uma aliada inesperada, mas valiosa. Ele a encontrou em sua oficina, rodeada por ferramentas e pergaminhos antigos.

“Sanem,” disse Kael, mostrando-lhe o Cristal. “Eu preciso da sua ajuda.”

Sanem examinou o Cristal com atenção. “Eu sabia que você o encontraria,” ela disse, seus olhos brilhando com admiração. “Mas o que você pretende fazer com ele?”

“Eu preciso usar seu poder para proteger Lazuli dos Silenciosos,” respondeu Kael. “Mas eu preciso entender melhor esse poder, como controlá-lo.”

Sanem concordou em ajudá-lo. Juntos, eles estudaram os antigos pergaminhos, descobrindo segredos sobre a história de Lazuli e o Cristal de Agva. Eles aprenderam sobre os Guardiões da Sombra, os mestres das sombras que haviam protegido o Cristal por séculos. Eles descobriram que o Cristal não era apenas uma fonte de poder, mas também uma chave, uma chave para um portal para outra dimensão.

“Os Silenciosos querem abrir esse portal,” Sanem explicou. “Eles querem invadir Lazuli, e talvez, até mesmo o nosso mundo.”

“Então temos que impedi-los,” disse Kael, sua determinação inabalável. “Mas como?”

As sombras sussurraram ao seu redor, oferecendo conselhos, revelando pistas. “Procure o Santuário da Lua,” uma sombra sussurrou. “Lá, você encontrará a força para derrotar os Silenciosos para sempre.”

Kael e Sanem seguiram a pista, enfrentando novos perigos, novos desafios. Eles encontraram aliados improváveis, inimigos traiçoeiros, e segredos obscuros sobre a história de A...

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