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"O Enigma de Lazuli e o Destino de Kael".

  • Foto do escritor: Magvania P. Nunes
    Magvania P. Nunes
  • 24 de jun.
  • 4 min de leitura

Atualizado: 29 de out.


Capítulo 2





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A TORRE DO RELÓGIO



O vento uivava, um lamento fúnebre que acompanhava Kael na subida até a Torre do Relógio. Ele apertava o medalhão de prata, frio contra sua pele, que pulsava levemente com cada batida de seu coração, sentia o frio penetrar até os ossos. As sombras, suas companheiras inseparáveis, sussurravam e dançavam ao seu redor.


Quase lá, Kael,” sussurrou uma sombra, sua voz como o raspar de folhas secas. “A primeira pista espera por você no topo.”

Mas cuidado,” alertou outra sombra, mais profunda, mais grave. “A Torre guarda seus próprios segredos, seus próprios perigos.”

Cuidado, Kael,” sibilou uma sombra, sua voz como o raspar de unhas em pedra. “Eles estão próximos.”

Kael apertou o medalhão. “Quem está próximo? Os Silenciosos?” ele murmurou para si mesmo, a voz quase abafada pelo vento.

Sim,” respondeu outra sombra, mais profunda, mais ameaçadora. “Eles sentem sua aproximação do Cristal. Seu medo os alimenta.”

A Torre do Relógio, imponente e antiga, erguia-se no topo de Lazuli, desafiando as tempestades com sua silhueta imponente. Kael, o medalhão de prata frio contra sua pele, subiu os degraus de pedra, cada passo ecoando no silêncio da noite. As sombras dançavam ao seu redor, sussurrando informações incompreensíveis, mas ele sentia que elas o guiavam, ou pelo menos, não o impediam.

“A primeira pista está aqui,” disse uma sombra, sua voz mais suave, quase um sussurro. “Mas o caminho não será fácil.”

Kael respirou fundo, tentando controlar a crescente onda de apreensão. Ele subiu a escada em espiral, a pedra fria sob seus pés. Chegando ao topo, o relógio estava parado, suas engrenagens enferrujadas pelo tempo. No centro do mostrador, um pequeno compartimento secreto se abriu com um clique quase imperceptível. Dentro, encontrou um pergaminho antigo, coberto de símbolos estranhos.

“Preciso decifrá-lo,” disse Kael em voz alta, sua voz ecoando na câmara vazia. Ele desdobrou o pergaminho, revelando runas antigas.

“Runas de Lazuli ,” uma sombra sussurrou. “Uma língua antiga, esquecida pelo tempo.”

“Mas onde encontro a chave para essa antiga língua?” . As sombras pareciam se intensificar, como se estivessem ansiosas pela solução do enigma.

Procure nos livros esquecidos,” aconselhou uma sombra, sua voz quase um sussurro. “A biblioteca de Lazuli guarda os segredos do passado.”

Dias se transformaram em noites enquanto . Kael mergulhou nos livros da biblioteca de Lazuli, procurando por qualquer menção aos símbolos do pergaminho. Ele descobriu que eram runas antigas, uma linguagem esquecida há séculos, que falavam de um ritual, de um caminho para o Cristal de Agva. As runas descreviam uma série de locais específicos dentro da cidade, cada um marcado por um símbolo correspondente no pergaminho.

“Passagens secretas, câmaras subterrâneas, catacumbas esquecidas...” Kael leu em voz alta, os símbolos se tornando palavras, as palavras se tornando um mapa. “Um caminho para o Cristal de Agva.”

“O caminho é perigoso, Kael,” avisou uma sombra, sua voz carregada de preocupação. “Armadilhas mortais, labirintos confusos, segredos obscuros... Você está sendo observado.”

Kael seguiu o mapa, cada passo o aproximando do Cristal, mas também dos Silenciosos. Em um museu antigo, uma passagem secreta se escondia atrás de um quadro aparentemente inofensivo, e havia câmaras subterrâneas sob antigas construções, e corredores ocultos em catacumbas esquecidas. Em cada local, ele enfrentou armadilhas perigosas, desde labirintos confusos até mecanismos mortais acionados por pressão ou som. As sombras o ajudavam, alertando-o para os perigos, mas também o colocavam à prova, testando sua coragem e sua inteligência.

Cuidado, Kael. Ilusões se escondem nas sombras. Não confie em seus sentidos,” sussurrou uma sombra, alertando-o para uma armadilha.

Em um beco escuro, uma sombra o parou. “Cuidado, Kael. Há uma armadilha à frente. O caminho está bloqueado por uma ilusão.”

Kael, guiado pela sombra, percebeu uma distorção no ar, uma ilusão que dissimulava uma passagem secreta. Ele a atravessou, encontrando uma câmara subterrânea.

Em uma das câmaras subterrâneas, Kael encontrou uma inscrição que indicava a existência de uma sociedade secreta, os Guardiões da Sombra, que protegiam o Cristal de Agva há gerações. Eles eram mestres das sombras, capazes de manipulá-las à vontade, e Kael percebeu que as sombras que o acompanhavam poderiam pertencer a eles.

“Mestres das sombras... capazes de manipulá-las à vontade...” Kael leu em voz alta, um arrepio percorrendo sua espinha. “As sombras que me acompanham... elas são os Guardiões?”

Alguns de nós,” respondeu uma sombra, sua voz profunda e ressonante. “Nós servimos como guardiões do Cristal, mas também como guardiões de Lazuli.”

“Os Guardiões da Sombra,” disse uma sombra, sua voz carregada de respeito. “Eles protegem o Cristal há séculos. Eles são mestres das sombras, como você.”

“Este lugar... é antigo, tanto assim como isso pode ser possível "murmurou Kael, examinando as paredes cobertas de inscrições.

Em outra ocasião, enquanto Kael se preparava para atravessar um corredor estreito, uma sombra o alertou: “Cuidado, Kael! Eles estão aqui. Os Silenciosos.”

A cada local, a presença dos Silenciosos se tornava mais intensa. Kael sentia seus olhares gélidos em sua nuca, a ameaça iminente de sua presença. Ele os sentia espreitando nas sombras, seus sussurros frios e ameaçadores ecoando em seus ouvidos.

Eles estão próximos, Kael,” uma sombra sussurrou, sua voz carregada de urgência. “A corrida contra o tempo está se esgotando.”

Ele se moveu com cuidado, o medalhão de prata pulsando em seu bolso. Eles eram seres de pura escuridão, alimentados pelo medo e pelo segredo, e Kael sabia que a

corrida contra o tempo era cada vez mais urgente.

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