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Sem Elas, Nada Seria Igual: amigas e irmãs de almas

  • Foto do escritor: Magvania P. Nunes
    Magvania P. Nunes
  • 18 de jun.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 2 de ago.



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Amigas irmãs



 

Beatriz: Beatriz com seus longos cabelos castanhos e olhos verdes penetrantes, possuía uma aura de serenidade que contrastava com a turbulência em sua vida familiar.  Embora reservada à primeira vista, Beatriz era uma amiga leal e confiável, sempre pronta a ouvir e a oferecer apoio incondicional.  Sua inteligência aguçada e sua capacidade de observação a tornavam uma excelente estrategista, capaz de resolver problemas complexos com criatividade e eficiência.  Por dentro, porém, uma fragilidade se escondia, uma sensibilidade que a tornava vulnerável às emoções, especialmente às relacionadas à instabilidade em sua casa.  Ela precisava da segurança da amizade para equilibrar a insegurança que sentia...

Beatriz observava a rua movimentada de sua janela, o som distante dos carros misturando-se ao silêncio pensativo que habitava seu quarto.  Sua mãe, envolvida em um processo de divórcio complicado, estava mais distante do que nunca.  A casa, antes repleta de risos e conversas animadas, agora ecoava com um silêncio pesado, interrompido apenas pelos soluços ocasionais de sua mãe.  Beatriz tentava entender, tentava ser forte, mas a solidão às vezes a sufocava.  Ela fechava os olhos, imaginando um mundo onde tudo fosse diferente, onde a risada de sua mãe voltasse a ecoar pelos corredores da casa, preenchendo o vazio que a separação havia deixado.  Mas, por enquanto, ela tinha suas amigas.  Elas eram seu refúgio, seu porto seguro em meio à tempestade.  Pensar nelas, em seus sorrisos e travessuras, era como um raio de sol atravessando as nuvens cinzas de sua realidade.  A promessa de uma noite de diversão com suas amigas, uma festa do pijama repleta de risos e aventuras, era o único alívio em meio à turbulência de sua vida.

 

Laura: Laura, radiante e extrovertida, era a energia pura personificada.  Seus cabelos loiros e olhos azuis brilhavam com entusiasmo, refletindo sua personalidade contagiante e otimista.  Com um sorriso fácil e uma risada que ecoava pelos cômodos, Laura era a alma da festa, sempre pronta para uma aventura ou uma brincadeira.  Sua criatividade era inesgotável, e sua capacidade de improvisar era admirável.  Apesar de sua alegria contagiante, Laura possuía uma sensibilidade aguçada e uma grande capacidade de empatia, compreendendo as dificuldades dos amigos com facilidade...

O aroma doce de bolo de chocolate invadia o quarto de Laura, um aroma familiar e reconfortante que a fazia sorrir.  Sua mãe, uma confeiteira talentosa e amorosa, sempre transformara a cozinha em um espaço mágico, repleto de aromas deliciosos e cores vibrantes.  O pai, professor de música, completava a harmonia familiar com suas melodias suaves que ecoavam pela casa.  Laura, cercada por tanto amor e carinho, sentia-se uma menina privilegiada.  Mas, às vezes, a perfeição familiar a sufocava levemente.  Ela ansiava por aventuras, por momentos de liberdade e independência, por experiências que a fizessem sentir viva.  A festa do pijama com suas amigas era a chance perfeita para escapar da rotina, para se libertar das expectativas e se entregar à alegria sem limites.  Ela sonhava com uma noite repleta de risos, segredos e confissões, uma noite onde pudesse ser apenas Laura, sem rótulos, sem responsabilidades, apenas uma menina feliz e livre.

 

Alice: Alice, com seus cabelos negros e olhos escuros expressivos, possuía um ar misterioso e intrigante.  Sua personalidade era complexa e multifacetada, combinando introspecção e extroversão.  Ela era uma excelente ouvinte, capaz de compreender as nuances mais sutis das emoções alheias.  Sua imaginação fértil e sua paixão por histórias a tornavam uma contadora de histórias nata, capaz de criar mundos fantásticos e aventuras emocionantes.  Apesar de sua independência, Alice valorizava profundamente a amizade e buscava a conexão humana.

 

O silêncio da casa de Alice era diferente.  Não era um silêncio pesado como o de Beatriz, nem um silêncio harmonioso como o de Laura.  Era um silêncio tranquilo, um pouco solitário, mas familiar.  Seu pai, viúvo há alguns anos, criara Alice com amor e dedicação, mas a ausência da mãe era uma presença constante em sua vida.  Alice aprendera a lidar com a solidão, a encontrar conforto em seus próprios pensamentos e em seus hobbies.  Ela era uma menina independente, criativa e imaginativa, com um mundo interior rico e fascinante.  A festa do pijama com suas amigas era uma oportunidade para compartilhar seu mundo interior, para se conectar com outras pessoas, para sentir que não estava sozinha.  Ela ansiava por uma noite de risos, de jogos e aventuras, uma noite onde pudesse se sentir parte de algo maior, parte de uma família escolhida, uma família de amigas inseparáveis.

 

Sofia: Sofia, com seus cabelos castanhos escuros e olhos castanhos brilhantes, possuía uma aura de independência e autoconfiança.  Sua personalidade era forte e decidida, e sua inteligência prática a tornava uma solucionadora de problemas eficiente.  Sofia era uma amiga leal e protetora, sempre disposta a ajudar aqueles que amava.  Apesar de sua aparente frieza, Sofia possuía um coração bondoso e um grande senso de humor, que se manifestava em comentários irônicos e observações espirituosas.  Embora independente, ela ansiava por conexão e pertencimento, buscando a segurança e o conforto da amizade.

 

Sofia observava a cidade lá de cima, do seu quarto no apartamento da avó.  Seus pais, ambos com carreiras exigentes, viajavam constantemente, deixando-a aos cuidados da avó.  A avó era amorosa e atenciosa, mas a ausência dos pais deixava um vazio em seu coração.  Sofia aprendera a ser independente, a se virar sozinha, a lidar com a solidão.  Mas, por trás da independência, existia uma menina que ansiava por atenção, por carinho, por momentos de união familiar.  A festa do pijama com suas amigas era um alívio, uma fuga temporária da realidade.  Era a chance de se conectar com outras pessoas, de sentir que pertencia a um grupo, de se sentir amada e acolhida.  Ela sonhava com uma noite repleta de risos, de confissões e de momentos inesquecíveis, uma noite onde pudesse esquecer, por algumas horas, a solidão e a saudade dos pais.

 

Laura, com os olhos brilhantes, espalhava brigadeiros na bandeja.  “Gente, acho que a festa do pijama na minha casa é a melhor opção! Minha mãe faz os melhores bolos, e a gente pode usar a sala de estar toda!”

 

Sofia,  concordou, mexendo no pote de marshmallow. “Verdade!  E a gente pode usar a piscina de bolinhas do meu primo que está aqui em casa. Ele não vai se importar, né?”

 

Alice, deu um sorriso travesso. “A piscina de bolinhas vai ser demais! Mas e se a gente fizer uma caça ao tesouro antes?  Eu tenho um mapa antigo que pode ser usado!”

 

Beatriz, observava tudo com um sorriso sereno, mas pensativa.  “A caça ao tesouro é uma ótima ideia, Alice! Mas precisamos decidir o que cada uma vai levar. Eu posso trazer os filmes de terror, vocês gostam, né?”

 

Laura: “Terror?  Só se for aqueles bem bobinhos, tipo aqueles que a gente morre de rir no final!”

 

Sofia: “Eu levo o meu kit de maquiagem, para a gente se produzir toda antes de começar a festa!”

 

Alice: “E eu trago os jogos de tabuleiro! E claro, o mapa da caça ao tesouro, que eu vou esconder pistas pela casa toda!”

 

Beatriz: “Eu já sei! Podemos fazer um concurso de fantasias! Cada uma leva uma fantasia e a gente vota na melhor!”

 

Laura: “Amei a ideia, Bia!  Eu vou levar minha fantasia de unicórnio, a mais brilhante que vocês já viram!”

 

Sofia: “Eu vou de pirata!  Com direito a espada de brinquedo, claro!”

 

Alice: “Ah, eu já sei! Vou de zumbi fashion, super estilosa!”

 

Beatriz: “E eu vou de detetive!  Combina com a caça ao tesouro, né?”

 

Laura, batendo as mãos animadamente:  “Maravilha!  Então tá decidido: festa do pijama na minha casa, com caça ao tesouro, concurso de fantasias, filmes de terror (os bobinhos!), jogos de tabuleiro, maquiagem e muita diversão! Ah, e não podemos esquecer da pipoca!”

 

Sofia: “E dos brigadeiros da sua mãe, Laura! Eles são incríveis!”

 

Alice: “E da piscina de bolinhas! Não podemos esquecer da piscina de bolinhas!”

 

Beatriz: “E de muita, muita risada!”

 

As quatro amigas se abraçaram,  já imaginando a noite incrível que as esperava.  A cozinha, repleta do aroma doce dos bolos e do brigadeiro, parecia vibrar com a energia contagiante da amizade delas.  A festa do pijama prometia ser inesquecível.

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