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O mundo de Laura: Descobertas da adolescência e o primeiro amor

  • Foto do escritor: Magvania P. Nunes
    Magvania P. Nunes
  • 13 de out.
  • 3 min de leitura

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O Último Sinal: Encerrando um Capítulo, Iniciando Outro



O sinal tocou, anunciando o fim das aulas. Laura respirou fundo, tentando controlar a ansiedade que a consumia. Sabia que Pedro a estaria esperando, e a ideia de encará-lo a deixava nervosa.

Guardou seus materiais lentamente, tentando ganhar tempo. Não queria conversar com Pedro, não queria ter que explicar seus sentimentos confusos. Mas sabia que não podia fugir para sempre.

Ao sair da sala, lá estava ele, encostado na parede, com um olhar preocupado no rosto. Laura desviou o olhar, tentando passar despercebida.

"Laura, espera!", chamou Pedro, aproximando-se dela. "Precisamos conversar".

Laura parou, hesitante. "Não acho que haja algo para conversar, Pedro", respondeu, com a voz fria. "Você não me deve explicações".

Pedro franziu a testa, confuso. "Como assim? Depois do que aconteceu hoje de manhã, achei que você merecia uma explicação", disse, com a voz suave.

Laura suspirou, sentindo as lágrimas ameaçarem cair. "Não precisa se desculpar, Pedro", respondeu, desviando o olhar. "Eu entendo. Você e a Ana... vocês formam um belo casal".

Pedro segurou seu braço, impedindo-a de ir embora. "Laura, você está enganada", disse, com a voz séria. "Eu não tenho nada com a Ana. Ela é só uma amiga".

Laura ergueu as sobrancelhas, surpresa. "Uma amiga que tenta te beijar na frente de toda a escola?", perguntou, com ironia.

Pedro revirou os olhos, irritado. "Ana é um pouco... impulsiva", respondeu, com a voz hesitante. "Mas eu já disse a ela que não quero nada com ela. Eu só tenho olhos para você, Laura".

Laura sentiu o coração disparar. As palavras de Pedro a pegaram de surpresa, e uma onda de esperança invadiu seu peito.

"Pedro, eu...", começou Laura, hesitante.

"Eu sei que você precisa de tempo", interrompeu Pedro, segurando sua mão. "E eu estou disposto a esperar. Mas, por favor, me dê uma chance de te mostrar o que eu sinto".

Laura mordeu o lábio inferior, indecisa. Não sabia o que fazer. Uma parte dela queria se entregar aos sentimentos por Pedro, mas a outra parte ainda estava confusa e assustada.

"Eu não sei, Pedro", respondeu, com a voz baixa. "Eu preciso pensar".

"Eu entendo", disse Pedro, sorrindo suavemente. "Que tal pensarmos juntos? Depois da escola, vamos até a minha casa. Podemos conversar, ouvir música, assistir a um filme... O que você acha?".

Laura hesitou por um momento. A ideia de passar a tarde com Pedro a atraía, mas também a assustava.

"Eu não sei, Pedro", respondeu, indecisa. "Não quero atrapalhar seus planos".

"Você nunca me atrapalha, Laura", disse Pedro, apertando sua mão. "Por favor, aceite. Prometo que não vou te pressionar a nada".

Laura suspirou, rendendo-se à insistência de Pedro. "Tudo bem", respondeu, com um sorriso fraco. "Eu vou com você".

Pedro sorriu, radiante. "Ótimo!", exclamou, abraçando-a rapidamente. "Você não vai se arrepender".

Naquele momento, o celular de Laura tocou. Era Gui.

"Laura, tudo bem?", perguntou Gui, com a voz animada. "Meus pais e meus irmãos chegaram! Estão todos bem! Podemos nos encontrar mais tarde?".

Laura sorriu, aliviada. "Que bom, Gui!", respondeu, com a voz alegre. "Fico feliz em saber que está tudo bem. Podemos nos encontrar sim, depois te ligo para combinarmos".

"Ótimo!", exclamou Gui, com entusiasmo. "Estou ansioso para te ver!".

Laura desligou o celular, sentindo-se um pouco culpada por ter aceitado o convite de Pedro. Sabia que Gui estava ansioso para vê-la, e ela não queria magoá-lo.

"Tudo bem?", perguntou Pedro, com um olhar curioso.

"Sim, tudo ótimo", respondeu Laura, desviando o olhar. "Era só o Gui. Ele queria saber se estava tudo bem".

"Ah, sim", respondeu Pedro, com um tom de voz um pouco seco. "E está tudo bem?".

"Sim, está tudo ótimo", repetiu Laura, com um sorriso forçado. "Os pais e os irmãos dele chegaram. Ele está muito feliz".

"Que bom", respondeu Pedro, com um tom de voz ainda mais seco. "Então, vamos? Meu motorista já deve estar esperando".

Laura assentiu, seguindo Pedro para fora da escola. Um carro preto e luxuoso os esperava na porta. O motorista abriu a porta para eles, e Laura entrou no carro, sentindo-se um pouco deslocada.

Enquanto o carro se afastava da escola, Laura olhava pela janela, pensando em Gui, em Pedro e em seus próprios sentimentos confusos. Sabia que a tarde seria longa e cheia de emoções. Mas estava disposta a enfrentar o que viesse, desde que pudesse descobrir o que realmente queria.

 


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