"Livros na Cozinha a biblioteca de sabores: Receitas Históricas e as Histórias de Sua Invenção"
- Magvania P. Nunes
- 2 de nov.
- 10 min de leitura
"Receita de Hoje: Transforme Ingredientes Comuns em Momentos Mágicos"


Bolinho de Arroz Cremoso com Recheio Delicioso
Ingredientes:
Para a massa:
- 2 xícaras de arroz cozido (preferencialmente amanhecido)
- 1 batata média cozida e amassada
- 1/2 xícara de farinha de trigo
- 2 colheres de sopa de requeijão cremoso
- 1 ovo
- Salsinha e cebolinha picadas a gosto
- Sal e pimenta do reino a gosto
Para o recheio:
- 1 xícara de frango desfiado e temperado a gosto
- 1 xícara de queijo muçarela ralado (ou outro queijo de sua preferência)
Para empanar e fritar:
- Farinha de rosca
- Óleo para fritar
Modo de Preparo:
1. Preparo da Massa:
- Em uma tigela grande, misture o arroz cozido, a batata amassada, a farinha de trigo, o requeijão e o ovo.
- Adicione a salsinha, a cebolinha, o sal e a pimenta. Misture bem até obter uma massa homogênea e maleável. Se necessário, adicione mais farinha de trigo para dar ponto.
2. Montagem dos Bolinhos:
- Pegue pequenas porções de massa com as mãos.
- Abra a massa na palma da mão, coloque um pouco de frango desfiado e queijo ralado no centro.
- Feche a massa, moldando o bolinho no formato desejado (bolinha, croquete, etc.).
3. Empanar:
- Passe cada bolinho na farinha de rosca, certificando-se de cobrir toda a superfície.
4. Fritura:
- Aqueça o óleo em uma panela funda.
- Frite os bolinhos em óleo quente até dourarem por completo.
- Retire os bolinhos com uma escumadeira e coloque-os sobre papel toalha para remover o excesso de óleo.
5. Servir:
- Sirva os bolinhos de arroz quentes como aperitivo ou acompanhamento.
Dica: Para um toque especial, adicione um pouco de queijo parmesão ralado à massa.
Aproveite seus bolinhos de arroz cremosos e deliciosos!


Bolinho de Arroz de Liquidificador Super Prático
Ingredientes:
- 2 xícaras de arroz cozido (pode ser do dia anterior)
- 1 xícara de leite
- 1 ovo
- 1/2 xícara de queijo parmesão ralado
- 1/4 xícara de óleo
- 1 xícara de farinha de trigo
- 1 colher de chá de fermento em pó
- Sal e pimenta do reino a gosto
- Salsinha e cebolinha picadas a gosto (opcional)
- Queijo muçarela em cubos para rechear (opcional)
- Óleo para fritar
Modo de Preparo:
1. Preparo da Massa:
- No liquidificador, coloque o arroz cozido, o leite, o ovo, o queijo parmesão e o óleo. Bata até obter uma mistura homogênea.
- Transfira a mistura para uma tigela.
- Adicione a farinha de trigo, o fermento em pó, o sal, a pimenta e a salsinha/cebolinha (se usar). Misture delicadamente até incorporar todos os ingredientes.
2. Montagem dos Bolinhos:
- Aqueça o óleo em uma panela funda.
- Com o auxílio de uma colher de sopa, pegue porções da massa e coloque no óleo quente. Se quiser rechear, coloque um cubinho de queijo muçarela no meio da massa antes de fritar.
- Frite os bolinhos até dourarem por completo, virando-os para que fiquem dourados por igual.
3. Finalização:
- Retire os bolinhos com uma escumadeira e coloque-os sobre papel toalha para remover o excesso de óleo.
- Sirva os bolinhos de arroz quentes como aperitivo ou lanche.
Dica: Para um bolinho mais saboroso, adicione bacon picado ou linguiça calabresa à massa.
Criação do bolinho de arroz
A história do onigiri, essa humilde iguaria japonesa, é tão rica e multifacetada quanto os sabores que ele pode conter. Suas origens se diluem com o passar dos séculos, muito antes de os elegantes hashis se tornarem utensílios comuns à mesa. No Período Nara, quando a arte de comer com as mãos ainda era predominante, o arroz já era moldado em pequenas bolinhas, uma solução engenhosa para facilitar o consumo.
Avançando para o Período Heian, encontramos uma evolução na forma do onigiri. Em vez das esferas originais, o arroz era agora compactado em retângulos, uma adaptação prática que permitia empilhá-los ordenadamente em pratos, otimizando o espaço e a apresentação.
Foi somente durante os períodos Kamakura e Edo que o onigiri ascendeu ao seu papel de refeição rápida e conveniente. Os cozinheiros da época, impulsionados pela necessidade de produzir em grande escala, concentraram-se na eficiência, resultando em onigiris simples, esferas de arroz temperadas apenas com sal.
A revolução do onigiri, no entanto, estava por vir. O nori, essa alga marinha de sabor inconfundível, permaneceu relativamente desconhecido até o Período Meiji. Foi nessa época que o cultivo e a produção de folhas de nori se disseminaram por todo o Japão, transformando para sempre a identidade do onigiri.
A jornada do onigiri rumo à modernidade enfrentou um desafio inesperado: a crença de que sua produção era intrinsecamente artesanal, impossível de ser replicada por máquinas. A técnica de moldar o arroz, com sua delicadeza e precisão, parecia estar além do alcance da tecnologia.
No entanto, a década de 1980 testemunhou um avanço notável. Uma máquina capaz de produzir onigiris triangulares foi inventada, superando as expectativas e desafiando o ceticismo inicial. A inovação, no entanto, não estava isenta de controvérsia. Em vez de envolver o recheio no interior do bolinho, a máquina criava um orifício no onigiri, inserindo o recheio e selando-o com uma folha de nori.
Hoje, o onigiri é onipresente no Japão, encontrado em todos os cantos, desde as prateleiras de lojas de conveniência e supermercados até as barracas de feiras e os balcões de casas de sushi. Existem até mesmo estabelecimentos especializados, conhecidos como onigiri-ya, dedicados exclusivamente a essa iguaria versátil e amada.
A criação do onigiri é, portanto, uma história de adaptação, inovação e respeito pela tradição. Um testemunho da capacidade humana de transformar ingredientes simples em algo extraordinário.
A história do nori, essa folha de alga marinha tão apreciada na culinária japonesa e além, é uma saga fascinante que entrelaça tradição, inovação e ciência. O termo "nori", com suas raízes fincadas no idioma japonês, abrange uma variedade de algas marinhas comestíveis, cada uma com suas nuances de sabor e textura. No entanto, é a folha de nori, com sua cor esverdeada ou avermelhada característica, que se tornou um símbolo da culinária japonesa.
Das Origens Ancestrais à Folha Perfeita
A jornada do nori começa há mais de mil anos, quando as algas marinhas eram um componente essencial da dieta japonesa. Inicialmente, o termo "nori" era um guarda-chuva para diversas algas, incluindo o hijiki. As primeiras menções documentadas do nori remontam ao século VIII, e já no Código Taihō de 701 d.C., o nori era reconhecido como um item de tributação.
Durante séculos, o nori foi consumido em forma de pasta, uma preparação rústica que preservava os nutrientes e o sabor do mar. No entanto, uma revolução estava prestes a acontecer. Por volta de 1750, em Asakusa, Tóquio, durante o período Edo, um método inovador de fabricação de papel foi adaptado para criar a folha de nori (ita-nori). Essa invenção transformou para sempre a forma como o nori era consumido e apreciado.
O Cultivo e a Ciência por Trás da Alga
O cultivo do nori teve início no século XVII, quando os japoneses descobriram uma maneira engenhosa de cultivar as algas em redes de bambu suspensas nas águas do mar. Essa técnica permitiu um controle maior sobre o crescimento das algas, garantindo um suprimento constante e de alta qualidade.
Após a Segunda Guerra Mundial, a produção de nori enfrentou um período de declínio. A falta de conhecimento sobre o ciclo de vida da alga dificultava a manutenção das colheitas. Foi então que a ficóloga britânica Kathleen Mary Drew-Baker emergiu como uma figura crucial na história do nori. Suas pesquisas sobre a Porphyria umbilicalis, uma alga marinha semelhante, forneceram insights valiosos sobre o ciclo de vida do nori.
Cientistas japoneses aplicaram o conhecimento de Drew-Baker aos métodos artificiais de semeadura e cultivo do nori, revitalizando a indústria e garantindo seu futuro. Em reconhecimento à sua contribuição inestimável, Kathleen Baker é reverenciada no Japão como a "mãe do mar", e uma estátua foi erguida em sua memória.
Do Sushi ao Onigiri: A Versatilidade do Nori
Hoje, o nori é um ingrediente onipresente na culinária japonesa, utilizado em uma variedade de pratos icônicos. Ele envolve o sushi e o onigiri, adicionando um toque de sabor e textura. O nori também é frequentemente esfarelado ou cortado em tiras finas, polvilhado sobre sopas, saladas e outros pratos para realçar seu sabor.
Além de seu sabor delicioso, o nori é um alimento nutritivo, rico em proteínas, cálcio, ferro e vitaminas A, B e C. De fato, o nori contém duas vezes mais proteína do que algumas carnes, tornando-o uma excelente opção para vegetarianos e veganos.
A criação do nori é, portanto, uma história de engenhosidade humana, perseverança e respeito pela natureza. Um testemunho da capacidade de transformar um simples ingrediente em algo verdadeiramente especial.
A receita original e tradicional de onigiri foca na simplicidade, utilizando arroz japonês de grão curto, sal e, frequentemente, um recheio simples e envolto em nori (alga marinha). Diferente do sushi, o arroz do onigiri é temperado apenas com sal, não levando vinagre, açúcar e sal na mistura.
Ingredientes
Arroz: 2 xícaras de arroz japonês (grão curto), pois ele tem a textura pegajosa necessária para manter o formato.
Água: 2 ½ xícaras de água para cozinhar o arroz.
Sal: A gosto, para temperar o exterior do onigiri e evitar que o arroz grude nas mãos.
Nori (alga marinha): Uma folha para envolver o bolinho (opcional, mas tradicional).
Recheio Tradicional (opcional): Umeboshi (ameixa em conserva), salmão grelhado desfiado, ou tarako (ovas de peixe salgadas) são opções autênticas.
Modo de Preparo
Lave o Arroz: Lave o arroz em água corrente, esfregando delicadamente com as mãos, e escorra a água. Repita o processo cerca de 3 a 4 vezes, até que a água fique quase transparente. Deixe o arroz descansar na água por 10 a 20 minutos antes de cozinhar.
Cozinhe o Arroz: Cozinhe o arroz com a medida de água recomendada em uma panela de arroz ou panela comum. Se usar panela comum, cozinhe em fogo alto até ferver, depois abaixe o fogo para médio e cozinhe até a água secar. Tampe a panela e deixe descansar por 10 minutos após desligar o fogo. O arroz deve ser usado morno para moldar o onigiri.
Prepare o Recheio: Se optar por recheio, prepare-o separadamente. Por exemplo, desfie o salmão grelhado ou tenha a umeboshi pronta.
Molde o Onigiri:
Umedeça as mãos com água para evitar que o arroz grude.
Esfregue um pouco de sal nas palmas das mãos.
Pegue uma porção de arroz (cerca de meia xícara) e forme uma bola solta na palma da mão.
Se for rechear, faça uma pequena depressão no centro, coloque uma pequena quantidade de recheio e cubra com mais arroz.
Com as duas mãos, comprima suavemente o arroz, girando-o para moldar o formato desejado, que pode ser triangular, redondo ou cilíndrico. Não aperte muito para não compactar demais o arroz.
Finalize: Envolva a parte inferior ou lateral do bolinho com uma tira de nori, se desejar. Sirva como lanche ou refeição rápida.
A história do arancini, essa iguaria italiana que encanta paladares com sua crocância por fora e cremosidade por dentro, é uma viagem saborosa que nos leva à ensolarada Sicília, uma ilha rica em história e tradições culinárias. Conhecidos também como arancine, esses bolinhos de arroz recheados, empanados e fritos são um símbolo da culinária siciliana, apreciados tanto por moradores locais quanto por turistas.
Uma Explosão de Sabores e Texturas
O arancini é uma combinação perfeita de texturas e sabores. A casca crocante, resultado da fritura, envolve um interior macio e cremoso, recheado com ingredientes saborosos que variam de acordo com a região e a criatividade do cozinheiro.
Os recheios mais tradicionais incluem o al ragù ou al sugo, que consiste em um ragù de carne moída cozido lentamente em molho de tomate com especiarias, mussarela ou queijo caciocavallo e, frequentemente, ervilhas. Outra opção popular é o al burro ou ô burru, recheado com presunto e mussarela ou molho bechamel.
Variações Regionais e Formatos Criativos
A Sicília, com sua rica diversidade cultural e gastronômica, oferece uma variedade de arancini regionais, cada um com seus próprios recheios e formatos. No leste da Sicília, em cidades como Catânia e Messina, os arancini al ragù têm um formato cônico inspirado no vulcão Etna, uma homenagem à majestosa paisagem da ilha.
Raízes Históricas e Influências Culturais
A origem do arancini é um tema de debate entre historiadores e estudiosos da culinária. Uma teoria sugere que o arancini surgiu na Sicília do século X, durante o período de domínio árabe. Essa teoria aponta para as semelhanças entre o arancini e o quibe levantino, um prato tradicional do Oriente Médio.
Outra teoria, defendida pela acadêmica Annette Condello, situa a origem do arancini no sul da Itália do século XVIII, onde, segundo ela, eram feitos para se assemelharem a laranjas. Essa teoria sugere que o nome "arancini", que significa "pequenas laranjas" em italiano, reflete essa inspiração visual.
Uma Tradição Festiva e um Alimento Onipresente
Nas cidades de Palermo, Siracusa e Trapani, o arancini é um alimento tradicional para a festa de Santa Luzia (Santa Lucia) em 13 de dezembro. Nesse dia, não se come pão nem massa, em comemoração à chegada de um navio de abastecimento de grãos no dia de Santa Luzia em 1646, que aliviou uma grave fome.
Hoje em dia, com a crescente popularidade desse petisco na Itália e no mundo, os arancini podem ser encontrados durante todo o ano na maioria dos estabelecimentos gastronômicos sicilianos, desde restaurantes sofisticados até barraquinhas de rua.
A criação do arancini é, portanto, uma história de tradição, inovação e celebração da cultura siciliana. Um prato que transcende fronteiras e conquista paladares com sua simplicidade e sabor inigualáveis.
A receita original e tradicional de arancini da Itália, um clássico da Sicília, geralmente apresenta o recheio de ragu (carne com molho de tomate) ou, em uma versão mais simples e comum, presunto e queijo. O segredo está no preparo do risoto e na técnica de empanamento.
Ingredientes
Para o Risoto:
Arroz arbóreo ou carnaroli (cerca de 500g)
Caldo de legumes (aprox. 2L)
Vinho branco seco (opcional, cerca de 375ml)
Cebola e alho picados (para refogar)
Azeite ou manteiga
Queijo parmesão ralado (cerca de 100g)
Açafrão ou cúrcuma (para a cor alaranjada característica)
Sal e pimenta a gosto
Para o Recheio (Presunto e Queijo):
Cubos de queijo mussarela ou provolone
Presunto cozido em cubos (opcional)
Folhas de manjericão (opcional)
Para Empanar e Fritar:
Farinha de trigo
Ovos batidos
Farinha de rosca (pão ralado) ou farinha panko
Óleo vegetal para fritar (suficiente para imersão)
Passo a Passo
Prepare o Risoto: Refogue a cebola e o alho no azeite ou manteiga. Adicione o arroz e misture bem. Se usar, regue com o vinho branco e deixe evaporar. Acrescente o caldo de legumes, aos poucos e mexendo ocasionalmente, até o arroz ficar cozido, mas ainda levemente al dente (mais seco que um risoto normal, para ajudar na consistência). Adicione o açafrão ou cúrcuma para dar cor. Fora do fogo, misture o queijo parmesão ralado e, se desejar, um ovo batido à massa para ajudar na liga.
Esfrie o Arroz: Espalhe o risoto em uma assadeira ou prato grande e deixe esfriar completamente, preferencialmente na geladeira, por algumas horas. O arroz frio e firme é essencial para moldar os bolinhos.
Molde e Recheie: Com as mãos levemente untadas com azeite, pegue uma porção de arroz (cerca de 30g) e achate na palma da mão, formando um disco. No centro, coloque um cubo de queijo e um pedaço de presunto (ou o recheio de sua preferência). Feche a massa ao redor do recheio, formando uma bolinha firme.
Empane: Prepare três pratos separados: um com farinha de trigo, outro com os ovos batidos e o terceiro com a farinha de rosca. Passe cada bolinho primeiro na farinha de trigo, depois no ovo batido e, por último, na farinha de rosca, cobrindo toda a superfície. Para uma casquinha mais crocante, repita o processo de empanamento (ovo e farinha de rosca).
Frite: Aqueça bastante óleo em uma panela funda. Frite os arancini em óleo quente até dourarem por igual. Não coloque muitos de uma vez para não esfriar o óleo.
Sirva: Retire os bolinhos com uma escumadeira e coloque sobre papel absorvente para escorrer o excesso de óleo. Sirva imediatamente, ainda quentes.





🍙🍘🧆