Decisões Laura: O Amor É Uma Tela Em Branco

Capítulo 25

A Sabedoria Acolhedora da Avó

Na cozinha aconchegante, o aroma do chá de camomila pairava no ar, misturando-se ao cheiro suave de madeira e flores silvestres que emanava do jardim. A luz do sol da tarde entrava pelas janelas, aquecendo o ambiente e iluminando os rostos de Laura e sua avó.

A avó serviu o chá em duas xícaras de porcelana delicada, decoradas com rosas coloridas. O som suave do líquido caindo nas xícaras quebrou o silêncio que se instalara entre elas.

"Aqui está, querida", disse a avó, oferecendo uma xícara a Laura. "Beba devagar, com calma. Deixe o chá acalmar seus nervos e clarear seus pensamentos."

Laura pegou a xícara, sentindo o calor reconfortante em suas mãos. O vapor do chá subia, acariciando seu rosto e perfumando o ar com um aroma suave e relaxante.

"Obrigada, vovó", disse Laura, com a voz baixa.

"Vejo que você está triste", respondeu a avó, sentando-se à mesa em frente a Laura. " Algo está ti afligindo conte- me estou aqui para te ouvir e te ajudar no que for preciso. Agora, me conte tudo. O que está acontecendo?"

Laura respirou fundo, sentindo o peso de suas preocupações voltar à tona. "É complicado, vovó", disse Laura. "Envolve um baile, um amigo e... um outro amigo."

A avó sorriu gentilmente, incentivando Laura a continuar. "Eu tenho todo o tempo do mundo, querida. Comece do começo."

Laura começou a contar a história, desde o convite de Pedro para o baile até a briga com Gui. E que eles dois está apaixonados por ela, e escreveu seus sentimentos de confusão, medo e culpa, e a angústia.

"Então, você está dividida ", disse a avó, após Laura terminar de contar a história. "Um que te convidou para o baile e outro que se sente traído por você não ter contado sobre isso, e que eles estão apaixonados por você "

"Exatamente", respondeu Laura, com as lágrimas escorrendo pelo rosto. "Eu não sei o que fazer, vovó. Eu não quero magoar ninguém."

A avó pegou a mão de Laura, acariciando-a com carinho. "Eu entendo, meu amor. É uma situação difícil, mas você precisa lembrar que nem sempre podemos agradar a todos. Às vezes, precisamos tomar decisões que magoam algumas pessoas, mas que são necessárias para nossa felicidade, e das pessoas que estão envolvidas."

"Mas como eu vou saber qual é a decisão certa?", perguntou Laura, enxugando as lágrimas.

A avó sorriu sabiamente. "A decisão certa é aquela que te deixa em paz com você mesma, Laura. Aquela que te permite olhar no espelho e dizer: 'Eu fiz o melhor que pude, a maneira que era o certo para todos '. Não se preocupe em agradar os outros, ou si vai magoar pois isso faz parte da vida e com o tempo tudo irá fica bem, então não se preocupe."

"Mas e o Gui?", perguntou Laura, com a voz trêmula. "Meus sentimentos esta confusos não sei si gosto dele de outro jeito,... Samos amigos desde criança e não sei o que estou sentindo por ele... não quero perder ele e nem a amizade dele. Ele é tão importante para mim."

"Eu sei, querida", respondeu a avó, com carinho. "Você precisa de um tempo para refletir e ver si ele ti faz bem de um jeito diferente, si mudou a maneira que você olhava antes pra ele, si mudou a maneira em que você si sentir quando está perto dele, em fim você tem que ver si percebeu si algo mudou em você antes e durante ele ter revelado que está sentindo algo por você. E pelo que percebi ele também se importa muito com você. Pode ser apenas um sentimento de amor confuso que talvez ele pensa que esta sentindo por você, apenas de amigo... As vezes, as amizades precisam passar por provações para se fortalecerem. Dê um tempo para ele, deixe-o processar seus sentimentos. Depois, procure-o e converse com ele com sinceridade. Mostre que você se importa com ele e que está disposta a reconquistar a confiança dele."

"E quanto ao Pedro?", perguntou Laura. "Eu não quero magoá-lo também. Ele foi tão gentil comigo."

"O Pedro parece ser um bom rapaz", disse a avó, pensativa. "Mas você precisa ser sincera com os seus sentimentos e ver si você sente algo por ele. Se você não está apaixonada por ele, não o iluda. Diga a ele que você valoriza a amizade dele, mas que não quer nada além disso."

Laura suspirou, sentindo-se um pouco mais aliviada. "Obrigada, vovó", disse Laura, abraçando a avó. "Você sempre sabe o que dizer."

"Eu só quero te ver feliz, meu amor", respondeu a avó, acariciando os cabelos de Laura. "E a felicidade só é possível quando somos fiéis a nós mesmos. Agora, beba seu chá e descanse. Amanhã, vamos dar um passeio pelo jardim e colher algumas flores. O contato com a natureza sempre ajuda a clarear a mente."

Laura assentiu, sentindo-se grata por ter uma avó tão sábia e amorosa. Sabia que, com a ajuda dela, conseguiria encontrar a paz e a força necessárias para enfrentar seus problemas e tomar as decisões certas. O tempo na casa da avó seria um refúgio, um lugar para se reconectar consigo mesma e com seus sentimentos, ante

s de voltar para o turbilhão de sua vida.